Erre, mas erre feio - Parte 2


Até onde se saiba, ninguém acerta todas as vezes e em tudo o que faz. Pelo contrário, quem mais acerta é quem mais errou e persistiu de forma inteligente na busca de seus objetivos.

Aceitar nossas falhas, dar a nós mesmo a possibilidade de errar, pode ser o maior presente a que nos permitimos. Com isso, estamos sempre uma passo mais livres e podemos percorrer estradas: estradas a serem descobertas, que ainda não têm placas de sinalização e nem estão mapeadas. E isso é lindo!

Aí reside a aventura da descoberta criativa. Invadir caminhos sem roteiros para se chegar a lugares que antes nem poderíamos imaginar!

Erro e acerto, tomando o risco do erro como meio de alcançar nossos potenciais criativos.


Erros que viram acertos

Eu mesmo posso dizer que falhar e manter uma atitude otimista, as vezes, não é nada fácil. Admito aos leitores do Relevante que faço força para ser otimista e vou conseguindo dar meus passos de vitória! Aprender a ter esse tipo de atitude é fundamental, principalmente em tempos de mudanças DEScontínuas.

A pergunta é: para que tanto medo de errar se muitas vezes eles mesmos nos 'pregam peças' ?

Neil Gaiman, o consagrado escritor e desenhista de quadrinhos, criou acidentalmente o nome de sua personagem Coraline. Segundo o livro Erros Fantásticos (Editora Intrínseca), quando foi escrever CArOline, Gaiman trocou a letra A pelo O. Ao reler o que havia escrito, gostou do achado e disse que esse, sim, pareceu-lhe um nome de verdade. De fato, o nome dá um charme a mais para o roteiro que muitos chamam de 'contos de fadas às avessas'.

O livro virou uma animação que bateu vários recordes de bilheteria no cinema mundial e é a minha animação favorita dentre as blockbusters

Outro caso é o do pintor holandês Van Gogh. Ele sofria de esquizofrenia e, ao contrário do que a maioria pensa, não pintava freneticamente quando estava acometido de surtos. Ele produzia, sim, e muito, durante os períodos em que estava livre da influência dos sintomas da doença.
Porém, a vibração das cores que ele passava para sua telas (o movimento que conseguia dar aos objetos e paisagens através de seus pequenos e rápidos traços), muito de se deve ao fato do que ele pôde ver quando dos ataques da doença mental. Vamos dizer quando ele estava 'errado' para os padrões da dita normalidade, ele via um novo mundo e podia agora passar para suas telas. 


Medo de errar

Identifiquei 4 principais razões do medo que temos de errar. São elas:

1. Não ser bom o suficiente

Se você sabe que ainda não é bom o suficiente, já temos um grande passo. Mas é fácil, então, cair numa armadilha justamente nessa parte. Você pensa: - 'Se não sou bom o suficiente e ainda por cima for cometer um erro, aí então vai ficar claro para todos a minha incompetência'. E aí você empaca.

Arrisque-se nas horas certas. Encontre possibilidades para cometer erros, ir testando e se conhecendo. Com o acúmulo de erros e acertos, você vai construindo conhecimento e experiência. E corre o risco de descobrir caminhos inexplorados, criativos e oportunidades de valor.


2. Ter de admitir que você não sabe

Em tempos hiper-informados, parece que as pessoas temem cada vez mais dizer que não sabem algo. Faça mais perguntas sem medo!


3. Críticas

Diz o provérbio que se até Jesus Cristo foi criticado, por que eu também não seria? Proponho retirar o adjunto 'até' e pensarmos que Jesus foi criticado e crucificado justamente por incomodar o status quo.

Então, você está disposto a ir até que ponto? Mudar sua vida para uma mais criativa? Lutar e contribuir para um mundo melhor?

4. Autocríticas exageradas

Antes de tudo, desculpe a si mesmo. Saia da emoção e faça a separação entre erro e o sentimento de fracasso. Essa é uma maneira de não internalizar sentimentos negativos.

Uma forma de aumentar a tolerância consigo mesmo é entender que o erro é uma estrada, uma aventura. Ou então pense que se há uma laranja podre na árvore, quantas outras estarão doces?

O erro pode ser uma abertura de novos espaços para oportunidades.


E aí? Você tem outros motivos para ter medo de errar? E como os vence? Arrisque-se e nos conte!
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