"Vulnerabilidade é o local de nascimento da
inovação, da criatividade e da mudança".
Benè Brown
(autor de A arte da imperfeição)
Esperar até que
todas as condições estejam perfeitas, ou que você esteja totalmente preparado
para começar algo novo, provavelmente vai impedi-lo de alcançar seus objetivos.
Em artigo publicado no New York Times, o autor de livros sobre criatividade, Peter Sims, descreve claramente porque não devemos esperar por condições ideais nos dias de hoje:
"As competências que nos ensinaram funcionam bem em situações que nos são familiares, mas fomos treinados para aperfeiçoar as nossas ideias e usar o passado para prever o futuro com planos lineares em um mundo não-linear. Para tanto, precisamos de uma mentalidade completamente nova . O pensamento linear é uma sentença de morte para a criatividade". (*)
Sims também escreveu que cansou de ver, quando trabalhou com ventures (setor financeiro), empreendedores de mais sucesso começarem com planos ou ideias imperfeitas. Ele disse: "O que empreendedores sentem como trajeto de aprendizagem, a maioria das pessoas considera falha".
O que vale são as boas intenções
O que a nossa sociedade ocidental tenta nos fazer acreditar, ou qualquer lugar do mundo onde o capitalismo esteja presente, é que de 'boas intenções o inferno está cheio'.
Nossa sociedade quer produtividade máxima, com o menor número de falhas que seja possível. Na verdade, ela funciona como uma máquina que não pode entender os erros.
Mas sem erros não há evolução pessoal e nem do ser criativo. De outra forma, quem nunca erra é porque nunca se arriscou além de sua zona de conforto/conhecimento.
Estava lendo um blog sobre viagens chamado "The art of non-conformity", algo como "A arte da não-conformidade", de Chris Guillebeau. Ele diz que uma das principais coisas que aprendeu com viagens é ter coragem:
"Sempre ficamos preocupados de algo dar errado em um lugar que nunca fomos, mas geralmente tudo dá certo ... e mesmo que não, eu posso me reorganizar e fazer progressos por outras rotas".
"Sempre ficamos preocupados de algo dar errado em um lugar que nunca fomos, mas geralmente tudo dá certo ... e mesmo que não, eu posso me reorganizar e fazer progressos por outras rotas".
O medo das críticas
As críticas estão no mundo para isso mesmo ... criticar (!) e tentar impor sua opinião. Se elas são válidas ou não – e se vamos ouvi-las ou não – cabe somente a cada um de nós avaliar. O importante é que essa avaliação seja honesta conosco mesmo e que não nos deixemos abalar. Sinta e pense construtivamente.
Um excelente gráfico, em verdade muito esclarecedor, é o do professor e consultor Bill Ferriter. Ele coloca lado a lado características de críticas (no mal sentido da palavra) e do outro as críticas construtivas.
Autor: William Ferriter |
Críticas:
- procura por suas falhas,
- quer te vencer,
- vai te prender (reter / travar),
- vai atrapalhar o seu humor,
- vai te fazer praguejar.
Críticas construtivas:
- vê os seus pontos fortes,
- quer ajudar,
- põe você para frente,
- pode mudar sua forma de ver algo,
- pode te fazer sorrir.
Então, vamos vencer o medo da imperfeição. Afinal, como disse o maior guitarrista de todos os tempos, Jimi Hendrix, "de perfeito, só a morte".
E para inverter e fechar com um final positivo, parafraseio a genial compositora Angela Rô Rô, "... A vida é bela, só nos resta viver" !!!